A partir do momento em que dei início às minhas vivências sexuais/amorosas após a transição de gênero e me tornei travesti, deparei-me com o seguinte questionamento: se eu namoro com você, eu sou o que? Quando se permeia o universo restrito do debate de gênero e sexualidade, é facinho responder esse questionamento. Mas, e se o indivíduo não sabe nada mais que “eu gosto de travesti. E agora, que diabos eu sou?”. Vamos, para facilitar essa compreensão, esquematizar as ideias: Observação: o objetivo do esquema não é atingir você que já conhece esse debate, mas aqueles e aquelas que minimamente tentam compreender esses corredores complexos do debate de gênero e sexualidade da forma mais simples possível. 1. Saiba, em primeiro lugar, que “sexualidade” e “gên...
Quando a vejo deitada sobre minha cama, despida de pudor e com aquele rostinho semi acordado e angelical, meu corpo reage imediatamente: quero fudê-la! Construo trajetos com meus lábios do pescoço ao caminho da felicidade. Ela segura minha cabeça e se contrai toda, já a vejo durinha. Toco-a com minha boca e a chupo pra ver seus olhinhos virarem de tanto prazer. O corpo dela reage e se contrai, gritando claramente: me come! Aí eu não resisto, introduzo devagarinho, pele com pele, até ela gemer de dor e concluir com doçura. Toco o pau dela até sair gotinhas de amor e vê-la molhadinha me dá um prazer hercúleo. Essa menina me enlouquece, mas nossas loucuras jamais passarão de 4 paredes, tenho minha família e não quero comprometê-los a essa situação, por isso nossos toques só fluem na escuridão...
“eu sinto que ele gosta de mim, amiga. senão ele não me procuraria. a gente sempre faz amor escondido, de baixo da ponte, nos matos, em construção, qualquer lugar. faz sete meses que ele não me procura. o que será, amiga? cada dia que passa eu fico com mais esperança dele me chamar pra gente… eu ando muito ansiosa, ele não me diz o que está acontecendo. sabe, amiga, ele nunca me beijou, mas eu sei que ele gosta de mim, é por isso que sempre agrado ele com um dinheirinho. se eu tivesse a minha casinha, a gente ia morar junto, eu fazia comida e lavava pra ele, como se eu fosse a mulher dele. você sabe, eu não sei ler, por isso só posso ser servente de casa. eu sinto uma dor no peito, amiga, quando ele passa por mim e finge que eu nao existo. acho que se eu fosse ‘rac...
E se existir um casulo incompatível com suas asas? Abre-as e as use, mesmo o rompendo. Mesmo desmistificando o culturalmente “normal”. As primeiras manifestações do ser transgênero não está no primeiro pintar das unhas, nem no usar o primeiro vestido. Está ao respirar pela primeira vez fora do corpo que nào se reconhece. Sim, está no renascer. Compreender sua recôndita identidade é fundamental para sua sobrevivência. Sobreviver à opressão. Sobreviver ao mundo. Sobreviver à você mesmx. Suportar a opressão social com esperança hercúlea de garantir aos futuros transgêneros da nossa Sociedade Civil a visibilidade que hoje não temos, a estigmatização que não merecemos, a felicidade que tanto buscamos. O ensejo da minha metamorfose estética/performance é tornar visível ...