Olá manes, hoje iremos ver um pouco sobre a regulamentação das relações cibernéticas.
Regulamentação nas relações cibernéticas
A Internet é, sem sombra de dúvida, a maior rede de comunicação existente atualmente, pela qual se realizam várias atividades com diferentes objetivos. Neste sentido, podemos observar diariamente a vasta movimentação de informações, dinheiro, serviços e outras ações através da rede que tornam muito mais rápidas as relações entre pessoas, empresas e outras entidades ao redor do mundo.
Não obstante a evolução que a internet propiciou ao comércio, às relações pessoais dentre outras atividades inerentes à humanidade, cumpre ressaltar o grande avanço que ainda está por vir e a necessidade de uma melhor regulamentação acerca da utilização da rede. No entanto, devido ao fato dos resultados alcançados atualmente serem ainda muito prematuros em comparação com os níveis tecnológicos que ainda serão atingidos, é preciso muita cautela no estabelecimento de normas gerais para manuseio da Internet, pois, tais regras podem tornar-se ineficazes num curto espaço de tempo.
No entanto, os órgãos supramencionados limitam-se, através de instrumentos sem efetiva força obrigacional, a estabelecer diretrizes no sentido de um aprimoramento ético e funcional do uso da rede. Tal falta de conectividade destas normas editadas obsta um controle eficaz do uso da Internet, afinal, sem a potencial aplicação de sanções, não é possível vincular as condutas dos indivíduos visando a diminuição de práticas lesivas pela rede, tais como a violação do Direito à Privacidade, foco do presente estudo.
Ademais, é mister salientar as principais correntes que idealizam as formas mais eficazes de regulação da Internet nas palavras de Marcel Leonardi, quais sejam:
- Auto regulação, mediante regras e princípios estabelecidos pelos próprios participantes do ciberespaço; b) criação de um ‘direito do ciberespaço’, separado do direito convencional, com apoio em tratados e convenções internacionais; c) aplicação dos institutos jurídicos tradicionais, com o emprego da analogia para lidar com a Internet; d) abordagem mista, utilizando o sistema jurídico em conjunto com a própria arquitetura da Internet.
Privacidade na nossa sociedade: Redes sociais
Preocupações com a privacidade com os serviços de redes sociais têm sido levantadas constantemente. Os usuários de redes sociais precisam estar alerta sobre os perigos de dar informações de caráter íntimo. Dados podem ser utilizados indevidamente, também por meio de hackers ou vírus.
Além disso, há uma ameaça à privacidade percebida em relação a colocar demasiada informação pessoal nas redes sociais, permitindo produzir um perfil do comportamento de um indivíduo. Com isso, criam-se verdadeiros arquivos de informações de cada usuário, com os mais diferentes dados sobre o seu comportamento social, econômico e pessoal; informações essas que podem ser utilizadas para os mais diversos fins.
Mesmo que tais dados sejam públicos, a sua coleta e posterior organização e classificação para utilização em fins, por exemplo, comerciais, levam a importante questão sobre invasão de privacidade. Vale lembrar ainda, que tais dados, mesmo depois de apagados pelos usuários de redes sociais, permanecem sob controle dessas redes, que os armazena para fins econômicos seus e de terceiros.
Assim, a privacidade nos sites de redes sociais pode ser prejudicada por vários fatores. Além dos os usuários divulgarem informações pessoais, os próprios sites podem não tomar as medidas adequadas para proteger a privacidade do usuário, sendo que terceiros frequentemente usam informações postadas em redes sociais para uma variedade de propósitos.
Por meio da chamada mineração de dados (data mining), ou prospecção de dados, as empresas são capazes de melhorar suas vendas e lucratividade. Com esses dados, as empresas podem delinear o comportamento online de clientes em potencial, atingindo seu público alvo facilmente. Pode-se definir a mineração de dados como o processo de explorar grandes quantidades de dados à procura de padrões consistentes.
Observa-se, ainda, o grande desenvolvimento do chamado “software de análise de redes sociais” (“network analises software”). Este software é capaz de se adaptar para produtos específicos. Nesse contexto, o Facebook tem sido especialmente importante para os profissionais de marketing, dando às empresas o acesso aos milhões de perfis, a fim de adaptar os seus anúncios aos interesses de um usuário da rede social.