Folclore Região Sudeste. … Os costumes folclóricos da região incluem dança, seres misteriosos e festas marcantes. O maior exemplo de festa símbolo da região é o carnaval, que tem forte presença no Rio de Janeiro e em São Paulo, duas importantes cidades turísticas.
O folclore da região sudeste do Brasil, assim como sua parte econômica, é bastante rico. Apesar de conter vários mitos e lendas que são comuns em outras regiões brasileiras e até em outros países (como é o caso do lobisomem), a cultura popular também tem mitos regionais. Os costumes folclóricos da região incluem dança, seres misteriosos e festas marcantes. O maior exemplo de festa símbolo da região é o carnaval, que tem forte presença no Rio de Janeiro e em São Paulo, duas importantes cidades turísticas. Minas Gerais e Espírito Santo também são focos culturais, com danças e mitos característicos da região.
Um ponto a ser destacado é que há uma forte influência da cultura afro no folclore dessa região. Isso se deve ao fato de que, na época da escravidão, os centros comerciais e as grandes plantações das fazendas que os negros trabalhavam se situavam nesse local. Os seus costumes e ritos acabaram sendo incorporados pela cultura popular.
Danças
Começando pela dança, de uma forma geral, a dança da cana-verde, a quadrilha e o fandango são praticadas em toda região. A quadrilha tem destaque por estar vinculada à festa nacional de São João. A origem da quadrilha é inglesa, no século XVIII. No Brasil, a dança é puxada por um animador e os casais vão agindo segundo as instruções dadas pelo animador. Uma curiosidade dessa dança é que, em alguns históricos, a quadrilha é uma dança em que pessoas tipicamente urbanas se vestem e agem de forma a ridicularizar pessoas residentes do campo.
Ainda há outras danças são típicas da região, com mais presença em alguns estados isoladamente. É o caso do batuque (SP, MG e ES), catira (SP e MG), caxambu (MG, RJ), ciranda (RJ), dança de São Gonçalo (MG, SP), dança do tamanduá (ES), fandango (SP), jongo (MG, SP) e Mineiro-pau (MG, RJ). Vale destacar também a grande quantidade de danças típicas do Espírito Santo que, entre muitas, estão: a dança alemã, bate flechas, dança açoriana, congo e a tradicional capoeira.
Festas
Muitas são as festas características da região sudeste. Dentre elas, o carnaval é a mais famosa. Assim como a quadrilha, ela é uma festa de caráter nacional. O sudeste, no entanto, tem grande tradição nessa festa, sendo que, nos desfiles das escolas de samba do Rio e São Paulo são destaques nacionais. Também em Minas Gerais e no Espírito Santo ocorrem grandes carnavais, só que mais voltados para os de rua. Ele nasceu na Grécia, entre os anos 600 e 520 a.C. Mas tomou uma forma mais parecida com a que conhecemos em Roma. Apesar de muitas controvérsias que existem sobre a origem dessa festa, o que já se sabe é que o Brasil, hoje, é país com o carnaval mais famosos do mundo.
Ainda há outras festas que são tipicamente do sudeste brasileiro: as festas juninas (quando são dançadas a quadrilha, os rodeios, a folia de reis (festa realizada do 24 de dezembro até 6 de janeiro), a festa do divino Espírito Santo (em Diamantina) e ainda outras festas que são mais regionais nos quatro estados.
Ritos
Os ritos da região sudeste são uma mistura de duas culturas dominantes na região: a tradição da religião católica e a cultura trazida pelos escravos no período de escravidão. Um exemplo clássico de cada uma dessas linhas, começando pela cultura afro, é a tradicional homenagem á iemanjá (orixá considerada rainha das águas), que acontece na passagem de ano, praticado principalmente no Rio de Janeiro. Nesse ritual, são jogadas flores, presentes e oferendas no mar, dedicados para ao orixá. Além disso, existe a tradição de “pular sete ondas” como uma forma de pedir sorte para ela.
Já o exemplo católico de rito muito difundido no sudeste brasileiro é também um exemplo de festa tradicional: a folia de reis. Nessa ocasião, pessoas saem em festa pelas ruas, com o proposito de imitar o três reis magos que saíram ao encontro de Jesus quando esse nasceu. O grupo de pessoas vai cantando com os tocadores que acompanham a festa e saem de casa em casa recebendo bebidas e comidas, pois, segundo a lenda, quem recebesse essas pessoas seriam abençoadas.
Mitos
Quanto aos mitos, alguns deles são comuns em todo o Brasil, outros já têm mais caráter regional e não são tão populares assim. Personagens como a mula-sem-cabeça, o lobisomem e a Iara tem fama nacional. Já outras como o cavalo invisível, lenda de Chico Rei ou a chamada missa dos mortos são menos conhecidos, mas tão presentes na cultura popular da região como os outros.
O lobisomem, apesar de ser típico dessa região é um mito de origem europeia, com raízes na mitologia grega. A lenda conta que um homem, nas noites de sexta-feira de lua cheia, se transforma num ser meio homem, meio lobo e, ao nascer do Sol, ele volta a ser homem. Para que isso aconteça, é necessário que um casal tenha sete filhas e que o oitavo seja homem, sendo que esse último será o lobisomem.