Bom Dia! Boa Tarde! Boa Noite!
É isso aí turma. Hoje vamos falar de um tema que nos assombra diariamente, a LGBT FOBIA!
Se você não leu a minha matéria anterior, clica aqui e dê uma lida antes de acompanhar o texto de hoje.
O Brasil é o primeiro país do mundo em morte de pessoas LGBT por crime de intolerância. Em 2016 fomos 343 mortos com requintes de crueldade, uma média de 1 a cada 25 horas. Este número representa apenas os mortos por crimes de LGBT FOBIA, ou seja, não entram na lista aquelas mortes por diversos crimes como brigas de casais, dividas de drogas, discussões diversas, latrocínio, entre outros.
A LGBTfobia, diferente de outras fobias, não causa medo das pessoas LGBT, mas sim o ódio contra essa população. Este tipo de fobia gera um medo, preconceito repleto de ódio e até mesmo uma aversão de pessoas ou grupos contra a população LGBT.
Toda essa LGBTfobia também é causada por questões religiosas e até mesmos culturais de uma sociedade heteronormativa cisgênero que não aceitam as diferenças e pluralidades do ser humano.
Muita gente também acredita que uma pessoa pode ser LGBTfóbica pelo fato deste indivíduo não assumir sua identidade de gênero ou orientação sexual. Acredita-se que essas pessoas, por não definiram suas vontades, acabam gerando tamanho ódio e revolta daqueles que já saíram do armário, que resolvem partir para o ataque. Eu, sinceramente, acredito que uma boa parte dos LGBTfóbicos são pessoas não assumidas e infelizes por não conseguirem sair do armário.
Hoje existe uma ONG da Bahia chamada GGB(Grupo Gay da Bahia), que faz a contagem dos casos de crimes de intolerância cometidos contra a população LGBT no Brasil. No site https://homofobiamata.wordpress.com/ vocês conseguem acompanhar os casos desde 2008, quando a ONG começou a fazer esse trabalho árduo. Lá vocês encontram tabelas que mostram os números ano a ano, o número das vítimas de acordo com cada sigla, o ranking de cada estado e até o tipo de morte. Vale a pena a pesquisa e leitura.
Infelizmente ainda não avançamos na luta contra estes crimes, pois nós mesmos LGBT’s, não colocamos ninguém pra nos representar verdadeiramente dentro do congresso nacional. Alguns estados como aqui em São Paulo, existem as leis estaduais que nos protegem contra esses crimes, porém, por serem leis estaduais, eles apenas punem administrativamente, e não geram a prisão. Que nas próximas eleições possamos começar a eleger mais pessoas para nois proteger e lutar por nosso direito a vida.
Encerro a matéria de hoje dizendo que, infelizmente, neste ano de 2017 já somos 157 mortos pela LGBTFOBIA, ou seja, temos 156 dias no ano, com uma morte para cada dia e uma morte a mais para se contabilizar com o dia de amanhã que ainda nem chegou.
Hoje não tem beijos, mas sim um grito de PRESENTE por cada uma de nossas irmãs e irmãos mortos esse ano.