O movimento LGBT do Brasil organizado começa na segunda metade da década de 70 com o grupo SOMOS (grupo de afirmação homossexual), em 1978 a 1981 o grupo SOMOS publicou o jornal lampião da esquina onde questionavam sempre a sociedade sexista e mais liberdade e espaços para homossexuais,em 1980 acontece uma cisão no grupo onde as lésbicas criam seu próprio grupo organizado e seu próprio jornal xana com xana .
Em 1983 acontece a primeira revolução LGBT brasileira as lesbicas se organizaram invadiram o Ferros bar e exigiram que seus jornais pudessem ser vendidos no local que era frequentado majoritariamente por lesbicas esse ato foi algo histórico em plena ditadura militar desafia os bons costumes era algo impensável.
Mas não durou muito para o movimento recém nascido LGBT brasileiro ser atacado por um inimigo invisível a AIDS que chegou levando muitos militantes ao tumulo, deixando a comunidade em pavor e se escondendo novamente no armário e formando guetos, alem da AIDS tínhamos a operação tarântula feita por Jânio Quadros que caçava travestis pra torturalas e ridicularizalas, não foram tempos fáceis pra comunidade LGBT. Nessa mesma época como uma resposta pra AIDS, Brenda Lee em 1984 começa abriga em sua casa travestis e transexuais em situação de rua e com HIV e sua casa se torna a primeira casa de acolhida a lgbts do Brasil e a primeira do mundo a dar uma resposta ao enfrentamento da AIDS .
Na década de 90 na segunda onda o movimento LGBT começa a se organizar em ONGs e começa a se institucionalizar principalmente em resposta a AIDS . Como vimos no texto anterior muitas coisas acontecem nesse mesmo tempo no submundo e nos guetos como o fortalecimento das famílias LGBT.
No final da década de 90 o movimento LGBT está mais organizado com varias conquistas com conferencias, conselhos municipais lgbt ,conselho estadual lgbt e coordenadorias estaduais e municipais lgbt . Com varias redes onde centenas de ONGs lgbt se filiaram chegando assim ter grandes avanços como a coordenadoria nacioanal e conselho nacional lgbt .
Em São Paulo vem a primeira lei do pais apesar de ser uma lei estadual mais algo muito simbólico de combate a lgbtfobia a lei 10.948 ,voltando um pouco pra 1997 temos a primeira parada lgbt acontecendo na avenida paulista com cerca de 400 pessoas.
De 2014 pra cá uma terceira onda do movimento LGBT está acontecendo nesse instante as ONGs ficaram engessadas as REDES fretam o tempo todo por poder e dinheiro e pouco conseguem fazer em ações de fato reais pra comunidade lgbt que pouco se veem representada por elas .
Essa nova onda é dos coletivos lgbt que são grupos de pessoas que trabalham numa forma mais horizontal e menos engessado posso citar por exemplo as Mães pela diversidade, Famílias pela diversidade, Família Stronger, Família D´matha, Família Vallentyny, Revolta da Lâmpada e novas ONGs com direcionamento de lutar por direitos como instituto Nice, Cais e GADVS e temos ONGs lgbt pela cultura como Dinamite e Instituto Omindare.
Como vemos o movimento lgbt se modificou totalmente e teve diversas transformações essa nova era é importante observamos o protagonismo que coletivos lgbt sem CNPJ estão tendo na luta de enfrentamento a lgbtfobia ,e como muitas ONGs estão saindo do movimento de HIV e estão com foco na cultura e na assistência social estamos assitindo e fazendo parte de uma nova fase da historia do movimento lgbt.