susana
Precisamos falar sobre Linn da Quebrada
Primeiramente, FORA TEMER! Segundamente, FELIZ 2018, O ANO DA NOSSA VIRADA!!!! Entre mortos e feridos, nós sobrevivemos a 2017 e estamos prontxs pro ano que já começou e promete muita coisa! E quero usar o primeiro post deste ano pra falar de uma artista trans que precisa ser mais exaltada e divulgada em 2018: MC LINN DA QUEBRADA! A funkeira lançou um trabalho maravilhoso chamado “Pajubá”, que exalta seu empoderamento trans e afeminado e toca em muitas feridas dentro do nosso movimento, principalmente no que se refere ao preconceito que insiste em não sair do nosso meio! Autora das letras “Bicha Preta” e “Blasfêmea”, Linn não tem o mesmo reconhecimento em muitas baladas LGBTs em grandes centros do que outras artistas drags e trans, muito se deve às músic...
Tiririca me representa!
Olá queridos, hoje o assunto da coluna tem muito a ver com a atual situação política que estamos passando e como a gente se surpreende com algumas coisas que acontecem. Quando o Tiririca foi eleito em 2010, muita gente torceu o nariz para o que ele poderia fazer no Congresso; e 7 anos depois, em seu primeiro e único discurso feito na tribuna do parlamento brasileiro, o palhaço se mostrou que conseguiu levar a política mais a sério do que todos os outros que estavam lá. Num plenário praticamente vazio, infelizmente, o deputado eleito duas vezes com a segunda maior votação da história disse o que todos nós gostaríamos de falar mas não temos o espaço para isso. Tiririca, ou Francisco Everardo afirmou que está triste e que não será mais candidato para qualquer cargo público, confirmando o que ...
Dia da Consciência Negra: Há o que comemorar?
Na última segunda, dia 20, foi “comemorado” o Dia da Consciência Negra, em homenagem ao líder Zumbi dos Palmares que lutou até a morte contra a escravidão do povo negro no Brasil. Porque coloquei comemoração entre aspas? Porque, quase 400 anos depois da abolição da escravatura, não temos o menor motivo para comemorar o 20 de novembro. Ser negro no Brasil hoje é ainda lidar com o preconceito, com a desigualdade; é ter que provar todo santo dia que a gente pode ser alguém na vida independentemente da nossa cor. É ser morto pela Polícia, principalmente na periferia; é ter sempre o menor salário em relação ao branco (com a mesma formação que você); é ser usado como objeto sexual (isso desde a escravidão!); é ser estuprada; é ser espancado por ladrões, quase ser jogado no rio e ning...
“Drag Me As a Queen” faz história na TV brasileira
Depois do furacão Pabllo Vittar, outro grande fato envolvendo drag queens entra para a história da TV brasileira: desde segunda, dia 20, o canal por assinatura E! colocou no ar o primeiro programa da história da televisão apresentado por drag queens: o “Drag Me As a Queen”. Apresentado pelas drags Ikaro Kadoshi, Penelopy Jean e Rita Von Hunty, o programa consiste em transformar mulheres em drags, algo que RuPaul já fez em seu outro programa “Drag U”. Mas ao contrário do que se imagina, o principal diferencial do Drag Me Brasil são as histórias das transformadas: são mulheres que passaram por alguma dificuldade, auto-estima baixa, entre outras. O programa, além das histórias, tem um dos elementos que eu amo: as três brincam entre elas (mesmo parecendo sério em alguns...
Cadê o #PrayForSomália?
Olá a todos, hoje eu vou usar a coluna para trazer uma reflexão necessária: alguém sabe o porque da demora das pessoas se solidarizarem, principalmente nas redes sociais, com nossos irmãos da Somália? Pra quem não está ligando uma coisa com outra: no último sábado, um caminhão-bomba explodiu na cidade de Mogadíscio, na Somália, matando, até agora, cerca de 300 pessoas e deixando cerca de 200 pessoas feridas. Esse foi o pior atentado da história daquele país e já o maior do mundo, superando o 11 de setembro de 2001 em Nova York. E o mais chocante dessa tragédia não foi somente o ataque em si, mas a demora das pessoas se sensibilizarem, a demora da imprensa internacional noticiar o fato e a indiferença das autoridades internacionais com os cidadãos desse país. Segundo o site da revista Veja,...
Eu Amo o Halloween!!!
Hello divas e bofes, hoje não vou usar essa coluna pra atacar ninguém ou ser militante. Hoje, serei mais leve: vou falar de uma das melhores épocas para nós, drag queens, soltarmos toda a criatividade que fica dentro da gente: o Halloween, ou Dia das Bruxas. Uma data norte-americana muito comemorada no Brasil. Pra ilustrar um pouco, vou explicar a origem do Halloween: é uma celebração observada em vários países, principalmente no mundo anglófono, em 31 de outubro, véspera da festa cristã ocidental do Dia de Todos os Santos. Ela começa com a vigília de três dias do Allhallowtide, o tempo do ano litúrgico dedicado a lembrar os mortos, incluindo santos (hallows), mártires e todos os fiéis falecidos. Acredita-se que muitas das tradições do Halloween originaram-se do antigo festival celta da co...
Não Há Cura Onde Não Há Doença
Isso aqui é um editorial muito importante porque estamos passando por um momento muito crítico para a nossa comunidade LGBT. O meritíssimo juiz… de Brasília deu uma liminar abrindo uma brecha na lei e determinando que psicólogos voltem a tratar a homossexualidade como doença, contraiando inclusive resolução da OMS. Nós, que já temos consciência do que somos, estamos completamente indignados com tudo isso, porque tem muitos pais ainda ignorantes que vão levar seus filhos LGBTs aos psicólogos a fim de tentar curá-los, mesmo sabendo que isso não é possível! Infelizmente, a nossa justiça que anda precisando ser curada, não só a justiça mas todos os poderes, ser curados da corrupção, do preconceito, da roubalheira… Isso só mostra o que está vindo por aí: censura de peças com temátic...
Pabllo Vittar, a Rainha Drag do Brasil
Olá amigos, após um longo e tenebroso inverno, estou de volta! E nesta coluna, preciso exaltar alguém que tem quebrado todos os preconceitos existentes dentro e fora da comunidade LGBT, inclusive na mídia! Como imaginar que um dia uma drag nordestina, afeminada, longe de tudo aquilo que os grandes centros acham como drag “padrão”, chegar um dia na maior emissora do Brasil e fazer parte do programa mais transgressor da história da emissora; depois, fazer várias participações com grandes nomes da música, como Anitta e Preta Gil; dividir o palco mundo do Rock in Rio com a Fergie (e ser atração surpresa do show da Lady Gaga, que não aconteceu); participar (e arrebentar) no Encontro com Fátima Bernardes e dar entrevista ao Fantástico, ufa! Onde Pabllo Vittar vai chegar? Eu não tenho...